Participação do Veleiro Zetta na Seival

Participação Veleiro Zetta na Seival

O Veleiro Zetta, do Comandante @zettermannrodrigo, representou nosso ICG na tradicional regata Seival, abaixo segue breve relato do Comandante:
“A largada da Seival foi bem interessante, pois com o Guaíba vazando tínhamos um forte correnteza e um vento razoável. Mas na contagem dos 5 minutos para a largada o vento simplesmente morreu e ficamos basicamente dependendo da correnteza. Aproveitamos e largamos muito bem. O San Chico, nós, o Tempest e o Spin, esses últimos dois adversários diretos na ORC B. Fizemos a raia do Beira-Rio até a marca 134 atrás deles, mas acompanhando de perto. No trecho seguinte, até a Ponta Grossa, fomos ganhando orça e passamos os dois. Dali em diante deixamos os dois para trás, brigando entre eles, fomos nos distanciando. Até Itapuã nosso foco era abrir tempo sobre os demais adversários da classe: Kamikaze, Tempest, Spin e S
tand by Me. E de certa forma não deixar o C30 o HPE 30 e o San Chico Escaparem na frente. Fomos o quinto barco a entrar na lagoa, quarto da ORC. Entre Itapoã e o farol do Barba Negra fomos ultrapassamos pelo Ponta Firme (HPE 30). Fizemos o farol e começamos o maior desafio da regata: O contravento até o farol das deserta. Vento forte na cara e cambadas sem muita progressão para a marca não eram desafio bastante, aí entrou uma porranca com ventos que chegavam a 47kts segundo relatos e muita chuva pesada. Seguimos nesse ambiente durante uma meia hora. Já nos aproximávamos do Ponta Firme, de repente o backstay não aguentou e rompeu o cabo de 8mm em spectra, resolvemos então rizar a vela grande. Conseguimos refazer o backstay, mas nisso a buja arrancou o reforço de inox da canaleta e a buja foi para a água, aí baixamos as velas para evitar consequências piores. Ela embolsava o vento e adernava o barco colocando a borda toda n’agua. A chuva permanecia forte assim como as rajadas de vento. Ficamos à deriva por
 quase 1h. Avaliamos as avarias e acabamos por abandonar a regata. Uma pena pois estávamos mu
ito bem posicionados. O que no tempo corrigido poderia nos dar um resultado espetacular, visto que todos os barcos a nossa frente tem uma medição muito mais baixa do que a nossa, e assim nos pagam bastante tempo. Com relação a ORC B estávamos a frente de todos os outros barcos, voltamos então para Itapuã não sem antes enfrentar uma pane seca. Então voltamos só com a vela grande rizada e ventos que não davam muito folga na entrada de Itapuã, no canal do junco, mais uma situação bem crítica, com um trav
és de rajadas bem intensas. Fomos assim até o través da ilha das pombas. A partir daí o vento começou a dar trégua até a Ponta Grossa, quando o vento simplesmente morreu. Isso já eram 2:30h. Dali em diante foi tentar achar alguma brisa ou um veleiro que estivesse fora da regata para pedir um reboque, o Veleiro Galo Cinza a partir de Ipanema nos ajudou mesmo com pouco combustível a chegar até o Jangadeiros. Ali encerrou nossa Seival. Segundo o Comodoro Cícero do Veleiros do Sul no seu discurso de entregas de prêmios mencionou que esta Seival talvez tenha sido a segunda edição mais difícil da história. O Tempest, barco que ele timoneiro teve o mastro quebrado durante a tempestade na lagoa! O curioso é que para ele a mais difícil de todas foi a edição de 1983 se não estou enganado quando um preso fugiu da ilha do presídio. Naquela edição somente um barco completou a prova, o Icônico Five Star, que na época era do Cmte Naná de Pelotas. Para todos nós a 50a Seival foi mais um grande aprendizado. A vitória passou perto. Vamos tentar buscá-la no próximo ano.”
Parabéns a toda tripulação do Zeta:
Cmte Ricardo e Matheus Zettermann, Cmte Gustavo Fernandes, Cmte Márcio Coutinho. Cmte Raul Fernandes, Leonardo Fernandes.

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